ana,
eu preciso de cor para fazer par com o suor do seu processo.
às vezes você se esquece que eu entreguei todas as minhas cores em troca de alguns sorrisos mais amplos, eu não tenho mais cor alguma para nos completar, fazer noite e dia, fazer chuva.
veja se consegue achar algumas lá fora, por favor.
quando tiver cores, me dê um pouco, para que possamos fazer par outra vez.
enquanto isso,
estarei aqui, inerte, com um desejo imenso de hibernar,
quando se dorme acostuma-se com a vida incolor.
elisa
(Manuel Álvarez Bravo, *Os agachados*, 1934)
"Perceber que não nos esgotamos nas posições que ocupamos é perceber que
existem coisas mais importantes do ...