É no ar, no éter, na contraluz avultando corpos apáticos
Onde suspiros voam e desejos qualificam
Ninguém foi Murilo
Mesmo inconsciente
Alguém exalta efusivamente as palavras
Fala com ardor e esplendor de quem se quer tanto
As palavras podem tudo as palavras são tudo as palavras as palavras
Outros olham o delírio
Não há motivo pra se exaltar tanto
Estraga a pose, a atenção deve ser sutil
Continua o delírio
Continua a efusão
Continua, mesmo que as palavras sejam muitas e rasas, mesmo que escolhidas sem critério ou sorte; mesmo que silenciosamente as palavras peçam ao delírio pra às deixarem por momento
deixe-as livres, pare a precisão.
(Ivan Shishkin, *Beira da Floresta*, 1885)
"Porque tinha suas ausências. O rosto se perdia numa tristeza impessoal e
sem rugas. Uma tristeza mais anti...