É no ar, no éter, na contraluz avultando corpos apáticos
Onde suspiros voam e desejos qualificam
Ninguém foi Murilo
Mesmo inconsciente
Alguém exalta efusivamente as palavras
Fala com ardor e esplendor de quem se quer tanto
As palavras podem tudo as palavras são tudo as palavras as palavras
Outros olham o delírio
Não há motivo pra se exaltar tanto
Estraga a pose, a atenção deve ser sutil
Continua o delírio
Continua a efusão
Continua, mesmo que as palavras sejam muitas e rasas, mesmo que escolhidas sem critério ou sorte; mesmo que silenciosamente as palavras peçam ao delírio pra às deixarem por momento
deixe-as livres, pare a precisão.
(*Manuelzão, Personagem de Guimarães Rosa, *1995*, *Márcio Scavone)
“Por si, ele nunca dera uma festa. Talvez mesmo nunca tivesse apreciado uma
festa ...